terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Esperar!

(Partes da música: Dias Melhores - Jota Quest - com complemento de minha parte)

     Vivemos esperandodias melhores, porém não fazemos nada para melhorá-los. Vivemos esperando o dia que seremos melhores, no entanto continuamos fazendo sempre as mesmas coisas. Vivemos esperando o dia em que seremos melhores para o amor, contudo nos tornamos, cada vez mais, egoístas. Vivemos esperando o dia que viveremos para sempre, embora matamos um ao outro. Vivemos esperando o dia que não deixaremos para trás, mas preferimos viver o amanhã a hoje. Desse modo, continuaremos a esperar os dias melhores.

Autor: Victor Maluko

Brasil, país da multicultura,
Da multirreligião,
De várias lendas,
Da diversidade.
País do carnaval,
Do samba,
Das mulatas,
Dos gringos.
País dos corruptos,
Da miséria,
Da desordem,
Da insanidade.
País da suruba,
Do preconceito,
Do amor.
País do beijo,
Do carinho,
Do afeto,
Da raiva.
País da impunidade,
Da elegância,
Dos espertos,
Dos tolos.
País do orgulho,
Da vergonha,
Da alegria,
Da tristeza.
País da simpatia,
Da simplicidade,
Da ganância,
Do desrespeito.
País da beleza,
Dos belos,
Dos feios,
Da rapaziada.
País da fé,
Da esperança,
Dos sonhos,
Da vida.
Do verde,
Do amarelo desbotado,
Do azul celeste
Com estrelas brancas pedindo paz!
Brasil, um páis de tudo,
Um país de todos!

Autor: Victor Maluko

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Seu olhar


     Sem estrada, vou seguindo o brilho do seu olhar. De repente, uma escuridão me assombra. Novamente torno ver a luz. A escuridão volta a me assombrar. No meu desespero, grito: "Quer fazer o favor de parar de piscar?!"

Autor: Victor Maluko

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Férias em família



     Era um dia ensolarado, os passarinhos cantarolavam, os cachorros não paravam de latir e a minha mãe estava na cozinha preparando o café da manhã. Ou seja, um dia que acabou de nascer como outro qualquer. Isso era o que eu pensava até o meu pai chegar em casa, anunciando a notícia à família, já reunida na mesa do café.

- Preparem as malas bem rápido! – disse meu pai eufórico – Nós vamos acampar!
- Como assim, querido? – perguntou minha mãe sem entender o que estava se passando. (Na verdade, nem eu estava entendendo).
-Nós vamos acampar, querida. Eu estava na padaria quando o nosso vizinho, aqui da frente, me disse que tinha desistido de ir acampar devido a sua esposa estar com problemas de saúde e me perguntou se eu queria ir no seu lugar.
- Isso não vai prestar... – pensei.

     Minha mãe arrumou as malas, ás pressas; meu pai pegou a barraca para colocá-la no carro; minha irmã, Patrícia, correu para frente do espelho para se arrumar toda (eu só não entendi porque uma pessoa precisa se enfeitar ara ir pro meio do mato?); meu irmão mais novo, Bruno, e eu fomos trocar de roupa. Quando estávamos todos prontos para parti, surge a primeira confusão.

- Eu não vou sem a Pity! (a gata da minha irmã) – resmungou Patrícia.
- Você está maluca? Como você pretende levar uma gata pro meio do mato, garota? – esbravejou meu pai.
- Se ela levar a Pity, o Doug (o cachorro) também vai! – berrou Bruno.
- To falando que isso não vai prestar... – pensei novamente.

     Entramos todos no carro, inclusive a Pity e o Doug, e fomos para o tal lugar onde iríamos acampar. Chegando no local, avistei somente mato e árvores. “Que diabos estamos fazendo aqui?”. Descarregamos as coisas do carro, arrumamos a barraca que, por sinal, demorou mais de três horas para ficar pronta, tudo porque meu pai não sabia qual era a primeira peça. Agora, imaginem o resto da montagem.... melhor nem pensar.
     Enquanto eu e meu pai procurávamos lenha, já que a noite se aproximava, Bruno e Patrícia começaram a discutir. No meio da discussão, a Pity escapa dos braços da minha irmã e Doug, vendo tudo de longe, correu atrás dela, ambos se embrenhando no matagal. Minha mãe ficou chocada com a cena e apavorada quando avistou uma cascavel. Ela ficou imóvel, feita uma estátua, pois a cobra começara a subir em sua perna. E para melhorar a situação, eu e meu pai, assim que acabamos de recolher toda a lenha, nos deparamos com um urso parado em nossa frente.

- Filho, está vendo o que eu estou vendo? - perguntou meu pai com voz trêmula.
- Não sei o que você está vendo, pai. A única certeza que tenho, nesse exato momento, é que eu não vou ficar aqui para conferir. CORRE!!! – gritei.

     Corremos desesperadamente a fim de escapar do urso. Finalmente, chegamos ao acampamento e avistamos minha mãe dando paulada na cobra, Bruno chorando por causa do Doug e Patrícia descabelada, sem saber o que fazer. De repente, eis que surge Doug e, ao seu lado, Pity, andando com as pernas um pouco “abertas”. Até hoje não entendemos, muito bem, o que aconteceu com Doug e Pity.
     Anoiteceu. Os mosquitos começaram a aparecer e, juntos com eles, o ataque de pelanca de minha irmã. Quando tudo parecia que teríamos uma noite tranqüila, apesar do ataque da Patrícia, sentimos os primeiros pingos de chuva. Uma tempestade desabou em cima de nós e nem a barraca foi capaz de suportar. Ou seja, ficamos encharcados e com fome, já que o rio d’água, que estava sob nossos pés, levou a comida e quase tudo. Minha mãe, revoltada com a situação, decidiu ir embora assim que amanhecesse.
     Amanheceu. Depois de tanto tormento, minha mãe não pensou duas vezes: “Vamos embora desse lugar! Não agüento mais!”
     Arrumamos as poucas coisas que restaram, entramos no carro e partimos. Na saída, uma placa dizia: “RESERVA FLORESTAL”.
                                  
Autor: Victor Maluko

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Nova Baranga do Tchan

(Sátira da música: A nova loira do Tchan -É o Tchan)




Cruz na passarela que lá vem ela
Cruz na passarela que lá vem ela

A nova baranga do tchan
É feia não deixa entrar
É feia não deixa entrar
É feia...

120 de cintura, pura gordura
100% de estria, que coisinha
1,50 de altura, ninguém segura
Essa menina é escrotinha, muito escrotinha (2x)

Abre a roda e começa a espancar
Quero ver essa menina sangrar, ô
Abre a roda e começa a espancar
Quero ver essa menina sangrar

(To falando porque...)
Ela é, ela é, ela ó,
Ela é igual a um dragão (4x)

Autor: Victor Maluko

Simplesmente o AMOR

   

     Ah, o amor... Como dizia Camões: "O amor é fogo que arde sem se ver/ É ferida que dói e não se sente", mas como pode algo doer e não ser sentido? Profundo né?!
     Falam que o amor cega, coisa que eu desacredito. Muito pelo contrário, a pessoa apaixonada consegue ver um adversário a quilômetros de distância. Ela enxerga além do normal, vendo coisas que até não existem.
     Pode-se dizer que o amor é uma guerra; tudo é questão de estratégia. Quem conseguir traçar a melhor, conquistará a possível fidelidade do amado, mas traição não é o assunto nesse momento. O amor chega até ser engraçado, com aqueles casais loucamente apaixonados que nem olham o mundo ao redor, quer dizer, o mundo agora para eles é o próprio companheiro. E isso nos leva à mais um assunto , a do amor platônico, ou seria melhor dizer amor doentio?
     Como podemos ver, há diversas formas de se amar, porém não se engane, pois cada pessoa ama de modo diferente. Então, o melhor a se fazer é se adaptar a este ou, pelo menos, tentar.

                                                                           Autor: Victor Maluko

domingo, 28 de novembro de 2010





        Família é sempre engraçada, sempre há confusão em todas as festas que comemoram. E se não há, não pode ser chamada de família. Porém, carnaval parece que esse sentimento se aflora num passe de mágica. Também... quatro dias juntos em uma casa onde o dia anterior foi cheio de bebida e tem um membro da família que está de ressaca, irritado com a dor de cabeça que não o deixa em paz, mas desconta nas pessoas como se elas tivessem culpa por ele ter se embriagado no dia anterior. Existe, também, aquele caso onde os primos queridinhos se esbarram de uma forma tão violenta que não conseguem resistir a atração dos dois corpos e, simultaneamente, eles vão chegando cada vez mais perto e mais perto e mais perto e, quando se dão conta, acordam em uma cama juntos, abraçados e de conchinha. E o que, realmente, não pode faltar é a briga dos tios que por alguma razão qualquer estão discutindo, não importa o motivo, o importante é estarem brigando. Assim é a família e se você ainda não tem a sua, não se preocupe: espere ter filhos e a família da sua esposa aparecer na sua casa para comemorar o Natal...

                                                                                  Autor: Victor Maluko

Hora do banho

(Sátira da música: De bar em bar, Didi, um poeta - União da Ilha 1991)


Hoje eu vou tomar um banho
Me socorre, não é pra ir
Hoje não é sábado
Mas tem uma festa para eu ir
(e vou, e vou)

Hoje eu vou tomar um banho
Me socorre, não é pra ir
Hoje não é sábado
Mas tem uma festa para eu ir

Quando chego no banheiro, que isso?
É uma tensão que sinto
Menina me empurra e liga logo o chuveiro...
Senão eu penso em desisti

Pelo vem e pelo vai,
O que é? O que é?
Balança mas não vai,
Pois é, pois é

(Olha o sabão)
Sabão, sabão
Limpa logo essa toda impureza
Que bom! Que bom!
Que esse merdelê acabou mas que beleza
Mas perco logo a esperança
Esqueci de passar a esponja
Vou ter que voltar de novo
Eu não acredito não
Não! Não! Não! Não!

                                                        Autor: Victor Mauko

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Jogo da vida

 

     A vida é um jogo; dá-se bem quem a joga melhor. Um bom exemplo disso é o político, um dos melhores jogadores no jogo da vida. Quem possui a sua capacidade de, na época das eleições, conquistar a “simpatia” do povo prometendo coisas impossíveis e fazendo com que este, com plena consciência disso, prefira ocultar-se? É esperto, malandro e, principalmente, inteligente. Sim, inteligente, pois cria e aprova leis que, no primeiro instante, o condena se fizer algo de errado, no entanto, se observarmos mais atentamente, sempre há uma “brecha”, uma abertura por onde ele sempre escapa. Outro grande jogador é o policial que tem a função de proteger a população, mas na primeira oportunidade vende armas para os bandidos e aceita propinas dos mesmos para fazerem “vista grossa” em relação aos seus atos. Assim, o policial consegue a fama de bom moço além do dinheiro dos mal-feitores. Eles são ou não bons jogadores?

                                                                                      Autor: Victor Maluko