A situação da educação brasileira nunca foi a das melhores, porém alguns fatos/dados vem causando certo transtorno para a sociedade. Que os professores não ganham o que deveriam, que a infra-estrutura das escolas estão decaindo com o passar do tempo, e que o Governo não faz nenhum mero esforço para que esse cenário mude, todos nós já sabemos, no entanto, o que me levou a refletir sobre esse tema, foi os dados que colhi de uma revista, na qual a reportagem chama bastante atenção e o tornou interessante. De acordo com a pesquisa realizada, metade (50%) dos jovens entre 15 e 17 anos não está matriculada no ensino médio e o índice de abandono da outra metade subiu de 7,2% para 16,2% em 12 anos. Ou seja, dos 50% matriculados, apenas 33,8% se formam. Através desses dados, nós podemos concluir que o ensino médio é o maior desafio da educação do país. Alguns dizem que a quantidade de abandonos aumentou devido ao fato de o número de alunos também ter aumentado, mas o X da questão é que isso não justifica. A crise é inquestionável! Não podemos ficar parados sem fazer nada e batendo palma porque mais pessoas estão dentro da escola. E o pessoal que abandonou? Onde eles ficam nessa história? Eles dão várias justificativas para tal abandono: para ajudar a família/problemas familiares, problemas com professores/falta de professores nas escolas, trabalho, gravidez e, em alguns casos, seguir carreira artística. Onde está a escola nesse quadro para mostrar aos alunos a importância que uma sala de aula tem na vida deles? Onde estão a escola e os pais para tentarem fazer o jovem desistir dessa ideia e continuar sua vida acadêmica? Negligência? Os pais não observam isso? Permitem que os filhos prossigam com essa ideia? A maioria das pessoas criticam as escolas e os professores por deixarem de lado o aluno e esquecem-se da responsabilidade da família nessa questão. Um abandono significa que o País deixa de ter um profissional de nível médio com formação geral e um potencial profissional de nível técnico pós-médio ou de nível superior, com formação específica.
Autor: Victor Maluko
Fonte: Revista IstoÉ, 02/10/13