Quanta falta eu sinto de você! Não sei, ao
certo, se é saudade de uma pessoa que eu amei tanto, que fui capaz de fazer
loucuras de amor para conquista-la e outras mais para que a chama da paixão
nunca se apagasse. Ou comodismo de tê-la sempre ao meu lado da cama e ter
sempre alguém para conversar, tendo a certeza que seus conselhos eram para o
meu bem. Quanta falta eu sinto de você! Por um momento achei que eu conseguiria
viver sem você. Por um momento pensei que conseguiria tocar a minha vida sem
você. Por um momento acreditei que conseguiria... Que tolice a minha! Hoje vejo
que sem você não sou nada. Sem você não consigo ser eu mesmo, pois o meu eu
encontra-se em você! A minha razão de viver está em ti! Quanta falta você me
faz! Era lindo o nosso amor... Contemplar o seu rosto ao acordar era de uma
esplêndida sensação... Você era a primeira e a última coisa que eu via em cada
dia e eu adorava isto! Agora, o seu rosto foi substituído por travesseiros,
lençóis e cobertores. Que troca injusta! Eles não podem me dar o que eu
preciso; eles não me esquentam nas frias noites como você me esquentava com o
seu corpo; eles não me consolam como você fazia com sua doce voz e fazendo-me
cafuné; eles são apenas objetos e você era apenas a minha vida! Pensava que eu
estava fazendo tudo da maneira certa, mas há uma grande diferença entre a
imaginação e a realidade. Hoje percebo que eu poderia ter feito muito mais por
você, eu devia ter me entregado mais, me dedicado mais, amado mais, ter feito
você sorrir mais... Se eu o tivesse feito, talvez eu estaria mais aliviado, no
entanto, seria apenas ilusão, pois eu sempre me cobraria mais! Você sempre
mereceria mais! A morte te roubou de mim de uma forma trágica e impiedosa, mas
não posso culpá-la de querer alguém como você ao lado dela... Quanta falta
você me faz!
Autor: Victor Maluko
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